Contratado em julho de 2018 após deixar o Vasco, o volante Wellington relembrou os bastidores de sua chegada ao Athletico.
O Furacão vivia momento conturbado e corria riscos de rebaixamento no Brasileirão, enquanto também disputava a Copa do Brasil e a Sul-Americana.
A instabilidade na Série A, no entanto, resultou na saída do técnico Fernando Diniz e na aposta em Tiago Nunes, que vinha comandando a equipe sub-20.
Em entrevista ao podcast do Canal Estagiários, Wellington relembrou que havia desconfiança no Furacão em relação à sua questão física, após as lesões que ele já havia sofrido na carreira.
“Quando eu chego para fazer os exames, eles olham que tive uma lesão, já tem aquela complicação de dúvida e tudo mais. E aí começa uma demora”, relembra o ex-volante, que também passou por São Paulo e Internacional.
De acordo com o ex-atleta, diretores do Athletico viajaram a São Paulo para conversar com o cirurgião que o tinha operado. “Ele crava que está tudo certo, tudo bem. Aí chega a parte financeira, eles querem diminuir um pouco, por causa disso”, prossegue.
As negociações vinham sendo conduzidas por Márcio Lara e o ex-diretor do clube, o ex-zagueiro, Paulo André.
“Mas eu não tinha dúvida nenhuma que vou ser bem-sucedido no Athletico, que vou ser campeão aqui. E aí faço um acordo com eles, no papel, em que reduzo o salário. Só que, se eu não me machucasse, eles iam ter que me pagar dobrado. Eles falam ‘beleza’. O resto é história”, complementa o atleta, campeão da Sul-Americana e Copa do Brasil pelo Athletico.
Wellington relembra discussão com Tiago Nunes no CT do Caju
O início no Athletico, entretanto, não foi tranquilo para Wellington. O ex-jogador relembra que, logo em sua primeira atividade com o elenco, entrou em uma discussão com o técnico Tiago Nunes, em treinamento no CT do Caju.
“No primeiro treino com o grupo, com o Tiago Nunes, ele para o treino e fala assim para mim: ‘Se você veio para cercar, ficar assim, eu tenho um monte aqui para fazer isso’”, conta Wellington.
Ou seja, Tiago Nunes esperava dele um volante pegador, que chegasse firme nos adversários. “Aí eu falei para ele: ‘Não sei se você sabe, mas essa camisa é a mesma daquela ali. Eu não vou dar porrada em companheiro meu. Eu não acho certo isso’”, retrucou o jogador.
“Agora, você me põe em um jogo que eu vou sentar a porrada no cara que está com a camisa adversária. E aí eu discuti com o treinador no meu primeiro treino”, complementa Wellington.
O ex-atleta relembra que ainda morava em hotel da cidade e que sequer tinha encontrado um apartamento para viver. “Eu chego no hotel e conto para a minha esposa. Ela fala: ‘Meu Deus do céu, porque você tinha que abrir a boca’”, conta Wellington que revela, por outro lado, que hoje é amigo pessoal de Tiago Nunes.
“Hoje o Tiago Nunes é meu amigo de falar sempre, de saber como está a família. Mas a gente acabou discutindo. E o contrato já estava assinado. E o clube precisava, porque estava para ser rebaixado e ele tinha que me testar”, completou.
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