Foi um dia muito curioso para quem gosta de futebol. Ou, por outra, um dia de grandes contrastes, pois começou com o espetacular confronto entre Espanha e França, pelas semifinais da Copa da Liga Europa, com triunfo espanhol pelo extravagante placar de 5 a 4, passou pelo jogo chinfrim do Coritiba com o Botafogo, em Ribeirão Preto, com pouco futebol e nenhum gol, até chegar no quase também chinfrim duelo entre Equador e Brasil pelas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo.
Como diria aquele temível senhor londrino, vamos por partes: o jogo entre Alemanha e Portugal já havia sido muito bom tecnicamente, com os lusitanos vencendo e assegurando a presença na grande final europeia de domingo.
Mas o confronto entre espanhóis e franceses foi de tirar o fôlego, pelo ritmo da partida, pelo elevado nível técnico da maioria dos jogadores, pela inteligente estratégia adotada pelos treinadores e, sobretudo, pelos nove gols que deixaram o publico, amante do futebol, de queixo caído.
O Coritiba, tecnicamente superior ao Botafogo, não soube, ou não conseguiu, se impor em campo e pouco realizou para voltar a vencer fora de casa, item indispensável para qualquer time que sonha em subir para a Série A do Brasileirão.
Sinceramente, fiquei decepcionado com a falta de iniciativa ofensiva do Coxa, e não se culpe o treinador Mozart, mas a conhecida limitação técnica da maioria dos jogadores.
Ficou claro que o grande problema da seleção não é o treinador
Carlo Ancelotti estreou na seleção. Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Aliás, fenômeno que também se observa na seleção brasileira, afinal quem a comandou em Guayaquil foi nada menos do que Carlo Ancelotti, o melhor técnico do mundo na atualidade.
Ficou muito claro que o grande problema do selecionado brasileiro não é o técnico, mas sim essa geração de futebolistas que se adapta ao ritmo dos clubes europeus, recebendo milhões por isso, mas não demonstra a mesma inspiração e aplicação quando veste a camisa canarinho.
Após o arrastado zero a zero com o Equador, Ancelotti constatou que terá muito mais trabalho na seleção do que supunha. Menos mal que a zaga se comportou melhor do que nas partidas anteriores e deposite-se muito disso na conta do estreante zagueiro Alexsandro.
Mas o meio de campo manteve-se pouco eficiente, enquanto que o ataque pareceu encabulado, apesar da boa atuação individual de Vini Junior.
O resultado acabou sendo bom desde que o Brasil consiga vencer o embalado Paraguai, na próxima semana, para confirmar sua ida para a Copa dos Estados Unidos, México e Canadá.
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