Amanda Ribas volta a subir no octógono neste sábado (26), no UFC Abu Dhabi, para enfrentar a também brasileira Tabatha Ricci na categoria peso-palha feminino.
Em sua última luta, que aconteceu em janeiro, a mineira acabou sendo finalizada por Mackenzie Dern, mas esse resultado já ficou para trás. Amanda está bastante animada por lutar em um lugar que já conhece muito bem —é a quarta vez que ela vai estar na Etihad Arena, mas é a primeira vez que ela vai ver a arena cheia.
“A primeira vez que eu vim, estava tudo fechado por causa da Covid-19, a gente veio no voo fretado. A segunda ainda estava meio fechado, a terceira já tinha público. Agora, acho que vai estar lotado! Aqui na frente tem uma festa que dura sei lá quantos dias, tem até vidro à prova de som”, diz, animada, em entrevista ao UmDois Esportes.
Ribas vem de duas derrotas, em categorias diferentes e em lutas principais de Fight Nights. Com os resultados negativos, ela acabou sendo escalada para um card preliminar e, apesar de muita gente achar que isso é ruim, não é assim que ela enxerga as coisas.
“Ruim vai ser para minha oponente, porque eu estou muito brava! Eu odeio perder! Estou com uma vontade de ganhar muito forte. Ajustei melhor o peso, os treinos estão com mais intensidade. Veio uma luta boa, no tempo certo. É uma atleta duríssima, o top 15 é muito parelho, todo mundo vai e volta. A Tabatha é muito agressiva, rápida e forte, mas eu sou maior, então vou usar a meu favor”, afirma.
Além da luta em um card preliminar, Amanda agora também vai enfrentar uma lutadora que está abaixo dela no ranking. Mas isso também não é o problema; a maior dificuldade é enfrentar uma brasileira que ela realmente gosta e precisou até fazer algumas mudanças para abraçar a rivalidade.
“A Tabatha estava até nos meus ‘melhores amigos’ do Instagram. Só que eu sou muito sistemática, a partir do momento que eu assino contrato, não tem essa de amizade. Até tirei ela dos meus ‘melhores amigos’ (risos). Eu vejo como se ela quisesse roubar o meu prêmio. E é o que acontece, tem gente que não entende, mas é meu jeito de pensar”, conta.
Ribas já enfrentou Luana Pinheiro, que morou com ela, e fez a mesma coisa; na semana da luta, não teve nem conversa. Mas depois, a amizade acaba voltando ao normal.
Amanda Ribas se firma no peso-palha
Em suas últimas lutas, Amanda transitou entre o peso-palha e peso-mosca, mas agora ela está decidida a permanecer na categoria até 52,2 kg —cortar o peso para enfrentar Mackenzie foi até uma dificuldade, mas agora, ela tem conseguido se manter mais leve. Então, mesmo achando a categoria das palhas bem mais difícil, este é o foco dela no momento.
“Teve uma fase que eu estava muito bem nos 57 kg, mas agora estou mantendo o peso mais baixo. Até conversei com o UFC, prefiro ficar nos 52 kg mesmo. É difícil manter o peso lá em cima também, mas se tiver oportunidade, se cair uma luta [do peso-mosca], eu vou”, explica.
Sem chocolate desde janeiro
Não é só o processo de corte de peso que tem feito Amanda sofrer com uma dieta restrita; em janeiro, a mineira fez uma promessa que só vai acabar após a próxima luta: não comer chocolate —que ela adora. Mas esse sofrimento já acaba sábado.
“Nossa, vou me acabar de tanto chocolate! Eu amo chocolate, então, para mim, é muito sofrido. E tudo tem chocolate, parece! Olha isso aqui!”, chama Amanda, enquanto mostra, por vídeo, sacolas e mais sacolas cheias de chocolate espalhadas em seu quarto do hotel.
Até a própria organização do evento mandou chocolates em forma de luvas para ela. “Por isso que eu gosto de lutar em Abu Dhabi! Teve uma vez que eles fizeram um octógono de chocolate com uma bonequinha minha dentro”, conta, ansiosa para o fim da promessa.
