Xangai (China) – Depois de vencer sua partida de estreia no Masters 1000 de Xangai, Alexander Zverev criticou a velocidade da quadra e a padronização das superfícies do circuito. Ao avaliar as condições mais lentas do torneio chinês, o alemão entende que o estilo de jogo dominante em diferentes pisos não muda e que isso favorece os dois primeiros colocados no ranking, Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.
“Detesto quando as velocidades são as mesmas. E sei que os diretores dos torneios estão indo nessa direção porque, obviamente, querem que Jannik e Carlos se saiam bem em todas semanas. É isso que eles preferem”, disse Zverev, que venceu o francês Valentin Royer por duplo 6/4 neste sábado.

“Estou há mais de dez anos no circuito e sempre tivemos superfícies diferentes. Não era possível jogar da mesma maneira em uma quadra de grama, quadra dura e quadra de saibro”, explica o alemão de 28 anos e número 3 do mundo. “Hoje em dia, você pode jogar quase do mesmo jeito em todas as superfícies. Eu não gosto, não sou fã disso. Acho que o tênis precisa de estilos de jogo diferentes, precisa de um pouco de variedade e acho que isso nos falta agora”.
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Apesar do resultado positivo, Zverev terminou a partida com uma preocupação por ter sentido um desconforto no dedão pé direito e sido atendido pelo fisioterapeuta. “Eu realmente não sei o que aconteceu, então vamos verificar. Não há nada com o osso, o fisioterapeuta me disse. Mas não fizemos uma tomografia nem nada parecido. Pode ser uma ruptura em uma cápsula ou algo assim, mas simplesmente não sabemos”.
“Vamos conversar com os médicos e ver o que faremos. Espero que não seja nada sério e que eu possa continuar me recuperando sem novas lesões. Parece que não vou conseguir descansar este ano. Tem sido um ano difícil do ponto de vista físico. Conversamos sobre isso no vestiário e a última vez que joguei um torneio sem dor foi o Australian Open”, acrescenta o alemão, que enfrenta na próxima rodada o francês Arthur Rinderknech, 54º do ranking.
Zverev liderou a estatística de winners por 27 a 21, cometeu apenas 15 erros não-forçados e não sofreu quebras. “Felizmente, tive um bom dia de saque, que me ajudou bastante no último game. Não acho que correr de um lado para o outro teria me ajudado, mas não joguei nenhum ponto longo naquele game, então foi útil para mim”.
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