O gerente do Bolívar, Eduardo Valdivia, me disse que considera um erro a estratégia dos rivais de chegar apenas horas antes das partidas no alto, como fez a seleção brasileira. Para ele, o principal fator de influência da altitude é no jogo. Assim como jogar no gramado sintético é diferente, como jogar com neve e bola parecida com uma pedra é diferente, assim como jogar no calor e na umidade é diferente, jogar no ar rarefeito também é diferente. Os comportamentos da bola mudam e os times demoram uns 15 minutos para entender as diferenças.
Ele usou o exemplo recente do Palmeiras, que chegou dois dias antes para enfrentar o Bolívar, pela Libertadores, e venceu o jogo.
Perguntei a Rodrigo Caetano sobre o tema, inclusive com o exemplo do Palmeiras. Ele disse que era diferente “porque o Palmeiras jogou a 3600 metros”, ou seja, em La Paz, não em El Alto. Ou seja, La Paz era o lugar mais impossível de jogar, mas agora virou moleza? Só porque arrumaram um ainda pior? Não me pareceu tão convincente. Caetano falou também que a decisão de chegar em cima da hora está baseada em fisiologia e no que dizem os especialistas.
Mas eu me pergunto. Que especialistas? Há quanto tempo isso é considerado “verdade absoluta”? Será que hoje não temos algumas situações diferentes? Jogadores correm mais em campo, são mais bem preparados fisicamente, há aparelhos mais modernos para medir oxigenação, recuperação e outros indicativos que sejam importantes. O futebol de hoje não é o de 30 anos atrás,
Tudo isso é apenas uma maneira de encarar e se preparar para a altitude. Não estou aqui dizendo que é o jeito certo. Eu não sou um especialista no tema. Mas sou um bom observador de comportamentos. E o que parece no Brasil, quando se trata de altitude, é que o tema tem sido tratado cada vez mais de forma definitiva, com muita superficialidade.
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